*Por Leandro Saioneti
Com o lançamento de Guerra sem fim, foi impossível não querer explorar ainda mais a relação entre a guerra (no sentido amplo da palavra) e a ficção científica. Afinal, nada melhor que a gênese do sci-fi militar para querer entendermos mais sobre essa equação que há décadas exalta os fãs do gênero. E para continuar nesse clima caótico – do jeito que Joe Haldeman imaginou para a jornada de William Mandella –, conheça abaixo algumas das maiores batalhas da ficção científica no cinema. Uma relação que talvez agrade gregos e troianos, terráqueos e extraterrestres…
Jornada nas Estrelas II: A Ira de Khan (1982)
Ainda hoje é possível escutar os ecos de fúria do Almirante Kirk, frente aos planos de seu maior inimigo: Khan. Felizmente, um dos melhores e mais importantes filmes do universo trekker nos brindou com um embate espacial que marcou o segmento. Enterprise versus Reliant, dentro de uma nebulosa, sem sensores ou escudos de proteção. Um jogo de estratégia que ainda hoje deixa qualquer espectador completamente vidrado.
Star Wars: Episódio IV — O Retorno de Jedi (1983)
Como é praticamente impossível escolher a maior batalha de uma galáxia muito, muito distante, destaco aquela que talvez tenha tido mais coisas em jogo — além, claro, do destino da galáxia: a batalha de Endor. Ver Luke Skywalker duelar contra Darth Vader, seu próprio pai, dentro da Segunda Estrela da Morte, ao mesmo tempo em que a Aliança Rebelde tentava destruir o coração do Império na órbita da lua florestal foi, no mínimo, espetacular. Claro que nessa confusão aparecem os Ewoks, mas quem liga?…
Duna (1984)
Já excluindo o fato de que o próprio diretor, David Lynch, ainda é traumatizado por sua criação, quase nada positivo se destaca na adaptação cinematográfica da obra de Frank Herbert. Mas felizmente, alguma coisa resta: a Batalha de Arrakis. Ignore os efeitos especiais antiquados e as atuações duvidosas, e seja testemunha de um confronto singular entre famílias rivais, em meio a vermes da areia. Um confronto singular na história do gênero.
Independence Day (1996)
Você até pode negar, mas sei qual foi sua reação frente ao contra-ataque de Will Smith, Jeff Goldblum e companhia, quando o ponto fraco dos alienígenas invasores foi descoberto pelos terráqueos, no trash moderno de Roland Emmerich. A gente não comemora o 4 de julho, mas não faltarm gritos de animação com a derrocada extraterrestre.
Tropas Estelares (1997)
Ao lado de Guerra sem fim, a obra de Robert A. Heinlein figura entre os grandes clássicos do sci-fi militar. Porém, o mesmo não pode ser dito de sua adaptação para o cinema, hoje considerada uma espécie de trash-cult moderno. Mesmo assim, a investida dos soldados terráqueos contra os extraterrestres Aracnídeos em meio ao planeta Klendathu — com efeitos especiais bem duvidosos — levantou o ânimo dos fãs. #EsmagueOsInsetos!
Matrix Revolution (2003)
As sequências da obra original das irmãs Wachowski pecaram em muitos aspectos, dando um triste fim à trilogia de Neo, Trinity e Morpheus. Mas sejamos sinceros: ver a resistência humana quase sucumbir na cidade subterrânea de Zion, em meio ao poderio bélico das máquinas valeu cada segundo de tela.
Serenity: A Luta Pelo Amanhã (2005)
Continuando a saga de Firefly após o seu cancelamento na TV, aqui temos mais um embate espacial que empolga, entre naves da Aliança e dos Reavers — com a Serenity no fogo cruzado. A obra foi o primeiro trabalho de Joss Whedon na direção, sendo muito elogiada pelo público — o que, infelizmente, não refletiu nas bilheterias pelo mundo.
Avatar (2009)
O blockbuster de James Cameron prometia revolucionar o cinema com sua tecnologia para exibição 3D e efeitos especiais quase realistas. Ambos os desejos se cumpriram até com certa megalomania criativa, mas a história quase batida de colonizado versus colonizador só foi salva graças a embates que encheram a tela e os olhos. Quem não se sentiu um derrotado ao ver a gigantesca árvore de Pandora sucumbir pelo fogo inimigo que atire a primeira pedra.
Transformers: O Lado Oculto da Lua (2011)
Explosões, explosões e explosões. É fácil resumir a catarse criativa de Michael Bay, traduzida em bilhões de dólares vindos de uma das franquias mais populares da atualidade. E embora muito do que é produzido seja bem suspeito e confuso, o confronto entre os Autobots e os Decepticons em Chicago valeu o dinheiro do ingresso e sanou parte do desejo explosivo do diretor.
Ender’s Game — O Jogo do Exterminador (2013)
Inspirado na popular obra homônima de Orson Scott Card, o filme não conquistou multidões nos cinemas, mas surpreendeu com o seu plot twist derradeiro: imaginando ser apenas um combate simulado para a sua graduação, o cadete Andrew “Ender” Wiggin literalmente extermina uma raça alienígena chamada Formics. Tensa, é uma sequência digna das melhores aventuras da atemporal “Sessão da Tarde”.
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*Leandro Saioneti é jornalista cultural e membro da comunicação intergaláctica da nave-mãe.